Crítica: The Vampire Diaries

Atualmente a série está em sua segunda bem-sucedida temporada, fazendo parte do grupo de elite das séries da CW. O canal tem como foco as adolescentes e a série é realmente perfeita para esse grupo. Comecei a assistir neste mês por pura curiosidade, já que um de seus produtores é Kevin Williamson, o criador de Dawson's Creek, série que foi meu grande vício na adolescencia. A não ser por Smallville, eu não assisto nenhuma outra série do canal, estava acompanhando Life Unexpected e gostando até o começo da segunda temporada. Depois ficou chata demais e seu cancelamento já fala por sí próprio. O fato é que para mim, que já estou na casa dos 28 anos, as séries ditas adolescentes já não tem o mesmo apelo que teria quando eu estava nessa idade.

Então havia pelo menos 2 aspectos para se avaliar ao assistir a série, além do básico (se ela é boa), o primeiro como uma série focada ao público adolescente me entreteria, e segundo, vencer a barreira do modismo no tema vampiros. Aliás, foi por causa do sucesso do gênero revivido pela saga Crepúsculo que essa série ganhou vida. Os livros que serviram base para a história foram escritos na década de 90 por Lisa Jane Smith, e a CW de olho nesse público foi atrás dessa série de livros. No Brasil os livros foram lançados por volta de 2009, um pouco antes da série ser lançada nos EUA. Certamente já estavam de olho nos fãs da série para esse lançamento. Originalmente foram 3 livros lançados em 1991, mais 1 em 1992 e em 2009 um recomeço da saga veio com The Vampire Diaries - The Return, por conta da pressão dos fãs. Isso quer dizer que a série na TV terá bastante material de trabalho para temporadas futuras. Mas pelo que vi nessa matéria do site Vampire Diaries Brasil, há boas diferenças entre a série e os livros, a começar pela protagonista que ficou um pouco parecida com a Bella de Crepúsculo (dos livros) na série. A história do livro parece ser mais interessante, um dia faço a comparação.

Muitos torceram o nariz para qualquer coisa envolvendo vampiros, por acabar sendo sinônimo de adolescentes fanáticas ao extremo. Deixando os preconceitos de lado, conferi os 4 primeiros episódios da primeira temporada. A boa notícia é que, se assisti 4 episódios seguidos há algo de positivo na série. Sim, é possível notar o toque de Williamson, que adora um suspense e sabe criar adolescentes interessantes. Se eles são realistas, isso são outros 500, porque em DC mesmo eles às vezes eram inteligentes demais, além de falarem muito de um jeito nada convencional. Essa era a graça a série. Mas vamos ao principal primeiro, a história central.

Uma garota que perde os pais num acidente de carro e passa a viver com o irmão mais novo sob os cuidados da jovem tia materna que não tem muito jeito para lidar com adolescentes. Elena, a garota em questão, começa o ano escolar depois de alguns meses passados dessa tragédia, conhece o aluno novo da escola, o misterioso Estefan, que é um vampiro. Seu irmão também vampiro, Damon, aparece para interferir na história e ficamos sabendo que os dois tiveram grandes desavenças no passado por conta de uma garota chamada Katherine que é uma antepassada de Elena. Stefan e Elena começam a namorar e Damon decide ficar na pequena cidade de Mystic Falls, onde se passa a história, aprontando como pode.

Fora a história central, temos o irmão problemático de Elena, Jeremy, que se envolve com drogas, indo mal na escola. É apaixonado por uma garota do colégio que namora o filho do prefeito da cidade, mas é esnobada por ele, por sua condição social. Temos também a melhor amiga da Elena que faz previsões e adivinhações, vinda de uma linhagem das Bruxas de Salem. A tia também tem algum destaque, assim como e ex-namorado de Elena. Até o terceiro episódio essa é a dinâmica da série. Elena ainda não sabe da existência de vampiros, mas sua amiga começa a desconfiar que há algo de estranho com os irmãos. E no quarto episódio é revelado que o núcleo que comanda a cidade (o prefeito, a delegada de polícia e um reporter local) acreditam que os ataques que ocorrem na cidade, atribuídos até então a animais selvagem, sejam de vampiros. Ou seja, há sim um grupo de pessoas que sabe da existência de vampiro e que se prepara para combate-los.

Avaliando pela história a série é sim interessante, não se focando apenas no trio principal, ou na relação de Elena com Stefan, vai além disso. Os personagens são bem construídos e são interessantes. O que acabei estranhando logo de cara é de como a relação de Estefan e Elena começa. Meio rápida demais e um tanto estranha. Pode ser que isso tenha explicação mais para frente, por enquanto parece um tanto forçado. Outro problema é com o casal de protagonistas. Estefan é um vampiro adolescente de 150 anos, é se esperar que o ator aparente ser bem jovem, mas não é o caso de Paul Wesley, com quase 29 anos, ele realmente não aparenta ser um adolescente, mesmo parecendo ter menos idade do que tem. Por outro lado ele consegue dar o tom emocional que seu personagem requer. Mas a idade realmente pesa.

Já Nina Dobrev, a Elena, se encaixa na faixa etária da personagem, mas sua atuação ainda não convence muito. Ela parece um tanto apática nas narrativas do diário de Elena. Tudo bem que a garota está triste mesmo, perdeu os pais e tal, mas Nina tem pouca expressão. Mas pude notar que, com o passar dos episódios, isso vai melhorando, talvez a atriz ainda esteja bem melhor nos episódios atuais, vamos ver se chego lá. Ian Somerhalder está perfeito como Damon, mesmo o personagem sendo extremante chato e um tanto sem sentido, ele consegue dar um tom de sarcasmo que quebra um pouco alguns momentos mais sérios.

Assistir a série foi interessante, fugi um pouco do que estou acostumada a assitir atualmente e fiquei curiosa em assitir mais um pouco. Por esses 4 episódios fica a nota 7 para o conjunto.

Agradecimentos aos Vampire Diaries Brasil.